QUEM SOMOS

O Grupo de Capoeira Angola Zimba é fruto de um trabalho que começou em meados de 1993, quando um grupo de pessoas interessadas em capoeira angola passou a se reunir para treinar e pesquisar. Inicialmente não adotamos um nome e após 20 de novembro de 1995 é que passamos a adotar o nome de Coletivo de Capoeira Angola Solta Mandinga, com a coordenação da Contra Mestre Elma, que se desligou do grupo em 1998. A partir da saída de Elma o grupo passa a ser coordenado pelo capoeirista Nelsinho, ao mesmo tempo o grupo passa a contar com a orientação do então Contra Mestre Boca do Rio que vindo regularmente a Porto Alegre realiza oficinas para o grupo e para a comunidade capoeirista da região, passados 04 anos o Soltamandinga foi convidado a integrar o Grupo de Capoeira Angola Zimba, coordenado pelo Mestre Boca do Rio de Salvador. Este grupo tem como objetivos a pesquisa e preservação da Capoeira Angola, bem como o estudo de sua origem, sua filosofia e de sua influência na sociedade brasileira. Com o trabalho consolidado, é hoje uma forte referência de Capoeira Angola na cidade, sendo o único grupo que representa a linhagem e filosofia de Mestre Pastinha em Porto Alegre/RS. O Zimba está sediado na Rua dos Andradas, 1780/6º andar - CIA DE ARTE, desde 1995, coordenado por Alberto Vermelho com supervisão do Mestre de Capoeira Angola Marcelo Conceição dos Santos (Boca do Rio), de Salvador Bahia. O Zimba é um coletivo sem fins lucrativos. Durante esses anos, já realizamos rodas de capoeira e oficinas em espaços públicos de Porto Alegre e Interior, participamos de vários eventos, no Estado e fora dele (Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, São Luís, Florianópolis). O Grupo possui núcleos em Salvador/BA, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR e recentemente inaugurado o núcleo de de Santiago de Compostela na Espanha.



SOBRE BOCA DO RIO



Marcelo Conceição dos Santos é Baiano de Salvador, na Capoeira é Boca do Rio, integrou o Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP) por 15 anos, onde foi formado Contra Mestre pelo Mestre Moraes. É o Fundador e Mestre do Grupo Zimba, recebeu o título de Mestre de Capoeira Angola em 2007, das mãos de Mestre Cobra Mansa. Já ministrou diversas oficinas no exterior nos EUA, na Europa (Áustria e Alemanha, Inglaterra, França e Espanha) e no Brasil nos mais diversos estados. Recentemente residia em Santiago de Compostela na Espanha. No início de 2014 voltou a morar em Salvador.

MESTRE BOCA DO RIO

MESTRE BOCA DO RIO
No dia da sua formatura.

Breve Histórico da Capoeira

Segundo velhos Mestres e pesquisas recentes a capoeira foi desenvolvida no Brasil pelos africanos. A capoeira tem origem em um ritual praticado ao sul de Angola pela tribo Mocupe da nação Bantu. Este ritual era chamado N’golo (Nigolo) ou dança da Zebra. Ele ocorria na Efundula (Festa da Puberdade) onde o vencedor teria direito a escolher a esposa sem pagar o dote. A dança da Zebra é uma espécie de luta onde os praticantes se utilizam dos pés e da cabeça para atingir o adversário. Sabe-se que os primeiros negros escravos trazidos para o Brasil foram os Bantus. Certamente aquilo que na África era tradição tribal, no Brasil logo torna-se uma forma de resistir e lutar contra a escravidão. Os primeiros registros sobre capoeira são do século XVII no Quilombo dos Palmares, onde os negros desarmados, utilizando a capoeira, emboscavam os “capitães do mato” que eram enviados na sua captura. Os principais focos de capoeira foram Salvador, Rio de Janeiro e Recife, apesar de ter se disseminado por todo o país. Há notícia de repressão à capoeira a partir do início do século XIX, quando chega a Família Real (1808). Porém, somente com o Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil, instituído pelo decreto N. 487, de outubro de 1890, é que a “capoeiragem” torna-se crime. Passa então a ser punida com pena de prisão celular de 2 a 6 meses. Somente em 1932, quando o Presidente Getúlio Vargas, atendendo a uma representação de Mestre Bimba, resolve tirá-la do Código Penal. A partir daí a capoeira é tida como “Esporte Nacional”. Começa, assim, a sua difusão e conseqüente descaracterização com a inclusão de graduação e técnicas de artes marciais estrangeiras. Atualmente há um movimento de retorno às origens da capoeira. Aquilo que há poucos anos era tido como velho, passa a ser a novidade no momento.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Campanha Abrace a Cia de Arte


O Grupo de Capoeira Angola Zimba vem se somar na campanha em defesa da Cia de Arte. Atualmente somos os mais antigos usuários deste espaço cultural em atividade ininterrupta desde 1995. Participamos ativamente da luta pela conquista do prédio que culminou na compra por parte da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, durante a gestão do Prefeito Raul Pont (PT) em 2000. Hoje ameaçada de paralizar sua atividades com o descaso da atual administração municipal que desde 2008 tem demonstrado desinteresse adiando a renovação do Termo de Cessão de uso de Bem Público e com isso impossibilitando que a Cia de Arte participe de qualquer projeto para sua manutenção, por estar em situação irregular quanto a utilização do prédio.
Abaixo a Carta aberta à população elaborada pela comissão de artistas e produtores culturais que foi nomeada na Assembléia que deflagrou a Campanha "Abrace a Cia de Arte".

CARTA ABERTA DE APOIO A CONTINUIDADE DO

CENTRO CULTURAL CIA DE ARTE

Porto Alegre, julho de 2011.

Nós, artistas, entidades das mais diversas áreas e grupos artísticos da cidade de Porto Alegre, atuantes no Centro Cultural Companhia de Arte, gostaríamos de tornar pública nossa inconformidade pelo tratamento dispensado a esse espaço pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através de sua Secretaria Municipal da Cultura. Há pelo menos 04 anos a Administração Pública Municipal adia a renovação do Termo de Permissão de Uso de Bem Público, sem honrar a promessa de campanha da atual Gestão da Prefeitura.

A Cia de Arte é um patrimônio cultural. Neste espaço são desenvolvidas mais de 50% da produção artística anual da cidade, incluindo ações de criação e formação, de alcance regional, nacional e internacional. Este Centro Cultural é autogerido de forma democrática pela Associação do Centro Cultural Cia de Arte, uma iniciativa diferenciada no país de gestão compartilhada por artistas e entidades.

Vale lembrar que um espaço como este significou e significa uma conquista e um avanço para a produção cultural desta cidade. A sua perda, entretanto, representaria um retrocesso para as Artes e para este País. Contamos com o apoio dos cidadãos e cidadãs na luta pela manutenção deste importante espaço cultural que se encontra, neste momento, ameaçado.

Associação Centro Cultural Companhia de Arte

Associação Gaúcha de Dança - Asgadan

Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Divertimento do RS – Sated/Rs

Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos – Agtb


Para assinar o abaixo assinado eletrônico em defesa da Cia de Arte clique AQUI


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